Oi queridinhos!
Não posso falar de Icaraí, local onde eu e meu marido amamos almoçar e jantar, sem falar na tristeza que vejo de uma cidade que está perdendo sua praia.
Quando ando pela cidade vejo ruínas, casas, prédios, barracas e Av. beira mar toda destruída, local mal cuidado pelos seus governantes e representantes, que foi noticiado algumas vezes em jornais e depois completamente esquecido pelo Brasil, alguns sequer tinham ouvido falar, como eu e meu marido por exemplo, que ao chegarmos aqui nos deparamos com todos contando suas histórias e lembranças de um Icaraí que não existe mais! 😭🏄🏊🎣🍝🍕🍤🍛🍹🍷🍸⚽️🎤🎼📖
Fico triste ao prestar atenção na cidade, ao ver milhares de lugares abandonados por seus donos e empresários. Lugares que já foram muito badalados e frequentados. Aos poucos o mar vai rejeitando suas belas construções e investimentos e levando tudo....
Icaraí continua firme e forte resistindo e seus moradores pensativos e apreensivos, ou muitas vezes até acomodados já com a situação, e o futuro que os aguarda com seus imóveis, investimentos e lembranças indo mar a fora! Enfim... Aprendi a amar Icaraí pela sua história hoje, mas, principalmente pela sua resistência de suas lembranças do ontem, de uma saudade que fica nos corações dos seus moradores de um tempo agitado e badalado, mas, que hoje mesmo com o seu deserto (nem tanto mas, comparado a antes um pouco) traz consigo uma tranquilidade de um local sem os muitos turistas de todas as parte do mundo que valorizavam a cidade mas, também traziam muitas confusões e bagunças para ela. Tempos que eles guardarão consigo em suas memórias e contarão aos seus filhos e netos....
Você que não conhece nada sobre o assunto deve estar lendo sem entender do que estou falando, ok! Vou começar por um post antigo indicando a praia para visitar de um site chamado Praias 360:
Praia de grande extensão e beleza, costuma receber um bom número de visitantes durante a alta temporada.
Com uma boa faixa de areia dourada, possui mar agitado que varia em tons de verde, com boas ondas na maior parte do tempo. O lugar é bastante procurado por surfistas, e é onde acontece alguns campeonatos de surf nacionais. Diversos condomínios foram construídos no local, além de casas de veraneio. Conta com boa infraestrutura, com algumas pousadas e restaurantes que servem comidas típicas. É uma ótima opção para um dia tranquilo na praia, seja para surfar, tomar um refrescante banho de mar ou fazer uma caminhada. Comer um petisco também é uma ótima opção, já que pescadores trazem peixes frescos para os restaurantes.
Agora abaixo um post de um site chamado: Ceará em fotos e histórias.
Na década de 1980, as praias de Iparana e Pacheco, que ficam a oeste de Fortaleza e pertencem a Caucaia, município localizado na região Metropolitana, eram duas boas alternativas de litoral para os moradores da capital cearense. Estas praias deixaram de ser frequentadas em razão do avanço do mar.
Agora o problema passou a afetar uma outra praia, que já foi concorridíssima, com imóveis valorizados e muito procurada por nativos, turistas e moradores de Fortaleza: a praia de Icaraí. Barracas de praia foram destruídas pela força das ondas, e a faixa de areia praticamente desapareceu.
Pesquisas sobre o fenômeno do avanço das marés no litoral do Ceará feitas por pesquisadores da UFC, através do Instituto de Pesquisas do Mar – Labomar, concluíram que o problema começou ainda no século passado, na década de 1940, com a construção do Porto do Mucuripe, e já afetou uma área considerável do litoral cearense.
Segundo os pesquisadores, antes do porto, até 800 mil metros cúbicos de sedimentos eram trazidos para o litoral de Fortaleza a cada ano e esse processo foi interrompido. Como consequência, a areia começou a ser removida, pelas correntes marinhas, da faixa mais próxima do porto, o que levou à construção de espigões ao longo da orla de Fortaleza.
Isso, no entanto, foi levando a erosão para as praias vizinhas, até chegar ao Icaraí, atualmente o ponto extremo mais crítico.
Apesar de nem sempre haver a associação direta por parte da população, o avanço do mar, o aterro na Praia de Iracema, os espigões construídos no litoral e a degradação da costa no Icaraí estão todos relacionados com as consequências da construção do Porto do Mucuripe.
Mesmo quem ainda não teve o estabelecimento destruído pela força das marés e continua funcionando, sabe que a solução não virá a tempo de salvar o investimento.
Uma das soluções para resolver o problema seria a remoção completa do cais, com a transferência de todas as empresas para o Porto do Pecém.
Outra alternativa seria uma combinação de três recursos disponíveis com a tecnologia atual: a colocação de pedras na beira da praia, expediente chamado de “enrocamento aderente”, mais espigões (com aterros entre eles) e um quebra-mar artificial colocado em uma linha paralela à costa.
O lugar para cada intervenção seria decidido de acordo com a necessidade, a preservação da fauna e da flora e os interesses da comunidade que mora próximo ou frequenta a orla.
Essas obras de contenção já começaram no Icaraí, e notícias veiculadas na mídia, dão conta de que os recursos já estão disponíveis. O projeto prevê a recuperação de quase 1,5 km de faixa de praia e está orçado em quase R$ 8 milhões.
Ainda que se amenize a situação, os prejuízos tanto materiais quanto ambientais são incalculáveis.
No mais é esperar para ver o dia em que os donos do planeta se conscientizem que Gaia tem um ponto de equilíbrio. E quando limites são ultrapassados, todos perdem.
Realmente é uma tristeza ver essas fotos sabendo agora o que a praia era.
Abaixo mais umas informações muito úteis para você entender melhor sobre o assunto e as precauções que deveriam existir: Relatos pelo Blog Mar do Ceará.
Antigos moradores são saudosistas sobre o que eram as praias de antigamente. Pescadores estão desenganados, pois veem diariamente a alteração dos seus modos de viver, remoções e os prejuízos sofridos a cada alta da maré. O que se pode ver é que essa questão, além de um fenômeno natural, implica em questões econômicas e sociais. Outras consequências desse avanço, não muito comentada pela mídia, é a alteração dos ecossistemas costeiros. Os manguezais podem ser afogados durante uma elevação do mar, alterando a dinâmica desses ecossistemas e influindo negativamente no ciclo de vida marinha.
Como exemplos, no Ceará pode-se citar alguns locais. A praia do Icaraí é uma das que mais tem sofrido com a erosão. Muitas calçadas, condomínios e outras construções na faixa de praia estão sendo levadas pelas águas, até a proteção contra ondas foi em parte destruída pela força das ondas. Na praia de Parajuru, em Beberibe, é das mais ameaçadas de todo do Estado. Barraqueiros já desistem de suas atividades e procuram outros locais. Já em Icapuí a situação é catastrófica, o mar levou colégios, casas, barracas, isso sem falar nos prejuízos pela interrupção do turismo. Em Iparana, apenas 12 anos, sumiram 300 metros de praia, a deixando em avançado estado degradação. Antes ela eram umas mais frequentadas, hoje não se muitos locais próprios para banho.
Praias afetadas pelo avanço do mar. Fonte: O povo.
Em Fortaleza, na última de ressaca do mar a força da maré levou água e areia à Avenida Beira Mar, gerando congestionamento de veículo na região e dificultando o passeio de pedestres. O avanço inicial do mar se deu a partir da construção Porto do Mucuripe, que desviou sedimentos para áreas como a Praia de Iracema e o Pirambu. Depois da construção de espigões na Capital, mas a erosão foi transferida para praias de Caucaia.
Depois de toda essa situação ter sido agravada pela intensa urbanização, o que se vê é uma verdadeira batalha de moradores e empresários tentando amenizar esse processo. Tentando reverter o cenário, moradores e empresários se juntam para fazer barreiras com pedras e sacos de areia visando reverter o avanço do mar. Mesmo assim, na alta da maré, as águas chegam tão fortemente que arrastam tudo que há pela frente.
Por outro, o poder público, sob pressão de empresários e da comunidade, faz investimentos milionários para impedir a erosão. São exemplos destas ações, a construção do bag wal, uma espécie de dominó de pedras que funcionam como barreia, também de espigões e quebra-mares. Essas obras, segundo estudiosos do Instituto de Ciências do Mar LABOMAR, podem não surtir o efeito desejado. Projetos sem o conhecimento técnico necessário e agindo de forma pontual, sem pensar em perspectivas futuras não trarão resultados positivos, como já vem acontecendo, afirmam os pesquisadores.
Bag Wall no Icaraí. Fonte: Diário do Nordeste.
É importante entender que o processo de erosão no litoral é complexo, resultado de fatores naturais e humanos. Para se reverter esse quadro, devem ser feitas ações planejadas que aprendam a lhe dar com os aspectos da natureza, como a dinâmica costeira e vegetação litorânea. Mais do que barreiras contra as águas são fundamentais obras de requalificação do litoral e o uso consciente da faixa de praia. Além disso, é fundamental, uma constante fiscalização do cumprimento das leis. Assim, poderá se ter uma convivência saudável entre natureza e homem.
Então você lê sobre isso e pensa: e agora? Conseguiram resolver com tudo isso?
A comunidade está aflita e tem tentado lutar pelo Icaraí:
E assim permanecem unidos lutando por sua cidade e sensibilizando a muitas pessoas como eu e meu marido que viemos pra cá e sentimos a tristeza que a cidade carrega pelos maus cuidados de um governo que deveria ser eleito para proteger e cuidar das cidades.
Para quem quiser acompanhar relatos e histórias sobre Icaraí, assim como saber também "a quantas" anda as obras para resolver essa questão séria e grave... Curtam a página no facebook do SOS ICARAÍ E FIQUE POR DENTRO DE TUDO! Ajude! Divulgue!
Algo precisa ser feito!
Que Deus abençoe Icaraí que já mora em nossos corações.